Tu, que estás aí, que não existes.
Eu, que não sou nada e não creio existir.
Serei eternamente aquela que escreverá em segredo
Filosofias nunca antes escritas
Ou escritas tão silenciosamente quanto as minhas
E pensadas por mil almas que
Pensam saber a imensidade da razão de ser dos seres, e do ser
Se é que razão e seres coexistem de facto.
Aparte de tudo o que me preenche este vazio
Eu não sou mais que o vazio que preenche o tudo das coisas.
Estou em cada partícula do espaço,
Em cada partícula do ar que respiro,
Em cada verso, em cada pensamento que se dissipa no tempo
Esse
Que o Homem criou na esperança de orientar
Um estado de alma desorientado e inorientável
À deriva num mar sem rumo
Debaixo de uma Lua que queima
E um Sol que ilumina. Ilusões?
Certamente.
Também eu vivo numa.
Nessa que faz vaguear por aí todas essas almas desencontradas
Na esperança de se encontrarem ou serem encontradas!
Na ilusão de Te encontrar a Ti
Tu, que estás aí,
Tu que não existes.
Porque neste próximo instante
Apenas serei Eu.
O Nada que creio existir num tempo errante.
CS
Eu, que não sou nada e não creio existir.
Serei eternamente aquela que escreverá em segredo
Filosofias nunca antes escritas
Ou escritas tão silenciosamente quanto as minhas
E pensadas por mil almas que
Pensam saber a imensidade da razão de ser dos seres, e do ser
Se é que razão e seres coexistem de facto.
Aparte de tudo o que me preenche este vazio
Eu não sou mais que o vazio que preenche o tudo das coisas.
Estou em cada partícula do espaço,
Em cada partícula do ar que respiro,
Em cada verso, em cada pensamento que se dissipa no tempo
Esse
Que o Homem criou na esperança de orientar
Um estado de alma desorientado e inorientável
À deriva num mar sem rumo
Debaixo de uma Lua que queima
E um Sol que ilumina. Ilusões?
Certamente.
Também eu vivo numa.
Nessa que faz vaguear por aí todas essas almas desencontradas
Na esperança de se encontrarem ou serem encontradas!
Na ilusão de Te encontrar a Ti
Tu, que estás aí,
Tu que não existes.
Porque neste próximo instante
Apenas serei Eu.
O Nada que creio existir num tempo errante.
CS
13 comentários:
fizeste-me lembrar de Álvaro de Campos pelo tipo de escrita...
gostei!
Nem tenho palavras, para descrever o que sinto...
fiquei sem palavras com o que li =x
a unica coisa que eu posso dizer é que esta lindo, muito lindo mesmo... e que amei o teu blog!
esta divinas fantastico mesmo acredita!!!!
amo.t lindaaaaaaaaa, continua assim e ja sabes sempre qe preçisares estou aqui. <3
Muito bom..
Desconheço se de pontos de vista em comum ou se do abtracto na razão que tanto gosto deste texto.
Está bom, muito bom!
*
É não é?
Ouvi dizer que anda no Iscte :O
Eu ia falar o que o Vício falou. E fez lembrar lindamente. Adorei as antíteses perfeitas entre ser e não ser, ter e não ter, saber e não saber, poder e não poder. Ter o mundo nas mãos e não ter nada, abraçar a vida e ser tragado(a) por ela...
Maravilhoso, espontâneo, filosófico/filosofal, enfim, adorei.
Beijinhos carinhosos do João
o sol...sempre iluminando, nao ilusoes, mas esperanças!
gostei!
Só passei para te dizer que a tua foto abriu-me o apetite!
bjs com charme
Cada vez com mais requinte nas palavras e nos jogos que fazes com elas!
Razão e seres coexistem de facto? Quando coexistem... é pena!
Está lindo, lindo!
beijo:
C&L :)
Este poema está sublime.
Cheguei a este blogue através de outro e devo dizer que este é muito bom. :) Parabéns por tal feito. bjs
Lindo demais esse texto, ainda mais ouvindo essa musica de fundo..uau, apaixonante.
Besitos
Muito bom o teu poema. Obrigado pelas tuas palavras. Estas partilhas de sentidos e significados são muito profundas.
É-me impossível dar uma opinião coerente com o que sinto, acerca do texto. Quando palavras tocam cá dentro, p'ra fora sai sempre filtrado.
Mas adorei! E sentir-me-ia orgulhoso se fosse da minha autoria.
*
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