28 de ago. de 2009

' Uma Janela Aberta - Silêncio (prosa poética IV)

O inesquecível irrespirável. O nó que dá na barriga O suspiro e o desejo de um dia de um dia poder vir a ser tua. É isso mesmo, quando passas. É isso mesmo, quando te vejo- Quando os nossos olhares se cruzam. No desejo patente de nos termos de nos amarmos. No desejo de sermos um do outro, de nadarmos infinitamente no mar das promessas perdidas, das juras esquecidas, das palavras ditas e reditas e apagadas, que apenas permanecem na memória dos sons, dos instantes, das imagens, de ti, de mim, de nós, do tudo e do nada, do nunca e do para sempre, do sonho, da fantasia, de acordar no meio da estrada que nos vai levar ao horizonte desejado, ambicionado, sonhado pela nossa inocência. E as lágrimas choraram-se, na pedra fria caíram, mas os risos ouviram-se no eco da lembrança. Palavras, jurar-te e prometer-te, pedir-te, declarar-te, palavras palavras, palavras em vão! Silêncio.....as nossas bocas vão-se juntar e o mundo vai parar. Silêncio... silêncio.

CS