22 de jul. de 2009

' Uma Janela Aberta - Pegadas na Areia (prosa poética I)

Que Restou?

... e assim um ponto nos separa. Um ponto em frente ao horizonte onde em tempos nos encontrámos, nesta encruzilhada louca da vida, neste jogo sem regras, apenas as que nos impõem. E então fomos contra essas mesmas regras e então fomos aquilo a que têm a mania de chamar ‘felizes’. Por instantes encontrámos aquilo que tão incessantemente procuram, a chamada e tão aclamada ‘Felicidade’, que de ser tão esperada cansou-se e foi ao encontro deles, mas eles não deram por nada. E então começou, e então acabou. Mas então recomeçou e voltou a acabar. Porque então éramos crianças e não tínhamos medo de arriscar, de mergulhar – porque, então? Ainda não teríamos sofrido aquelas mazelas, ainda não teríamos o que temer. Porque então não deixámos que o Horizonte fosse o nosso limite, fomos até ele e mais além. E percorremos os horizontes de todos os Mundos, o que existe e os q dizem existir. E ainda aqueles que não existem. E então, que restou?

Meras pegadas na areia.

Mas então o Horizonte continuou lá... apenas deixaste que ele se tornasse no nosso limite.

Então aquele mar mansamente bravo continuou a beijar a areia, sem cessar, e essa, também ela, continuou a receber os beijos do mar. Esses sim, serão dois eternos amantes. Aquele fim de tarde parou no tempo.

E então?...

CS

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