28 de dez. de 2007

- Anónimos


Massas.

Não passamos de massas de se deres humanos
que na sua complexidade
e por sermos governados por tão iguais seres humanos
na mesma complexidade do ser e do sistema
não somos ninguém.

E por sermos tao conhecidamente desconhecidos,
acabamos por ser anonimamente alguem,
nesses 3minutos de antena que é a vida.

É por isso que não sabemos nada: ou tão pouco.

Levamos esta vida como quem leva uma criança à escola:
porque temos, porque devemos.
Ou porque queremos e gostamos.

E o que é a vida, se não gostar e querer.
E pensar no que se pode ter?
Nada.

Talvez nem exista nada.

E é sobre isso que se debruçam os poetas inibidos.
Sobre uma ideia que constantemente se esquece de permanecer,
ou que não se lembra de ser tão genial que agradasse ao mundo cheio de regras estéticas [bonitas?].

Mas continuarei a escrever linhas sem sentido
pois há em mim uma vontade granítica e magistralmente perfeita
de ser alguém numa massa cheia de ninguéns.

Tanto quanto o mar tem de gotas, o céu de estrelas e o mundo de mentira.

Apenas uma mentira.

Mais uma.

C.S.


~thegirlwithnoname~

1 comentários:

B! disse...

Presente de Natal atrasado no meu blog ;)