Com o tempo, aprendi a saber estar sozinha. Na cama, a olhar para o tecto, a ouvir os meus pensamentos. Numa rua, na penumbra, só, a ouvir os meus passos, a ver a minha sombra. Sem qualquer medo. Se dantes tinha medo de parar, e ficar sentada numa cadeira entre 4 paredes caladas, se dantes tinha medo de me ouvir, porque o que dizia a mim mesma era tanto que não conseguia assimilar tudo, hoje, isso mudou. Consigo ouvir-me sem ter medo de me perder. Deixei de ter medo do silêncio e aprendi que o silêncio interior é a maior fonte de sabedoria a que temos acesso. Aprendi a ouvir-me quer esteja sozinha no silêncio, a ler um livro, a ouvir música, a ver televisão, a falar com uma pessoa, com duas pessoas, com três pessoas ou no meio de uma multidão. Já não preciso de ninguém para me sentir suficientemente segura ou para não me sentir sozinha. Porque, agora, estou em contacto. Comigo mesma.
5 de jul. de 2010
Postado por ' Claudjinha às segunda-feira, julho 05, 2010
Marcadores: Janelas Eternamente Abertas, Mim
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4 comentários:
eu hei-de la chegar.. not yet. amei.
E não há contacto maior que esse...
Gostei muito...
Beijinhos*
Vasco
Escrever, de facto, faz-nos muito bem. A mim surgem-me ideias e histórias a todo o momento e tal como tu, aprendi a estar bem comigo mesma.
Beijinho.
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